quinta-feira, 12 de novembro de 2009


Amor e outros desastres


Resolvi nomear essa postagem “plagian..digo, homenageando a comédia romântica do diretor Alek Keshishian, pra falar de amor, porque acontecem muitos desastres e as pessoas teimam em colocar a culpa no amor. Mas será que essas pessoas estão mesmo falando de amor?


Primeiro, quero fazer uma análise do significado da palavra, depois vou tentar mostrar minha visão desse sentimento.


A.MOR (ô) S.m. 1. Afeição profunda. 2. O objeto dessa afeição. 3. Conjunto de fenômenos cerebrais e afetivos que constituem o instinto sexual. 4. Coisa ou pessoa bonita, preciosa. 5. Afeto a pessoa ou coisa. 6. Relação amorosa. 7. Entusiasmo, paixão. 8. Inclinação sexual forte por outra pessoa. 9. A pessoa amada. 10. Cobiça. 11. Veneração. 12. Caridade.


O dicionário dá vários significados da palavra amor, como sentimento ou como reação orgânica, mas e de onde vem? Os gregos falavam em tipos de amor, dos quais os três principais eram Ágape, Eros e Filos, que levavam o nome de deuses da mitologia. Para os leitores de Paulo Coelho, tais termos não são estranhos. Filos dizia respeito ao amor familiar; Eros ao amor carnal, entre dois amantes; e Ágape era o amor supremo, aquele que se tem por qualquer criatura viva independente de qualquer coisa. É posto que todo ser que sente é capaz de manifestar essas formas de amor, porém sabemos que poucos humanos devem ser capaz de Ágape, talvez a única figura histórica nossa conhecida capaz dele tenha sido o próprio Cristo.


Independente de qualquer tipo de amor, talvez todos concordem que tal sentimento é a coisa mais preciosa que os humanos possuem, trata-se de um sentimento nobre e avassalador que supera qualquer coisa, o sentimento que faz duas pessoas dedicarem confiança um ao outro sem cobrar nada, e manter uma amizade; de uma mãe ou um pai protegerem seu filho com sua própria vida; de duas pessoas se suportarem e depositarem toda sua vida na vida do outro “até que a morte os separe”. Se o amor é assim tão magnífico, porque as pessoas dizem sofrer tanto por ele? Por que as pessoas dizem fazer loucuras por ele? Por que as pessoas perdem peso, vão mau nos estudos, brigam com os pais, abandonam os amigos, tudo isso em nome do amor? Será que estamos falando do mesmo amor?


Quando uma colega de turma mostrava-se com déficit de atenção na aula, notas baixas, e mau comportamento, e a professora perguntava o que estava acontecendo com ela, as colegas prontamente respondiam: ela ta amando professora. A resposta da professora era: tem certeza? Porque pra mim o amor é algo que nos engrandece, e não que nos faz regredir, ela deve estar sofrendo de qualquer outra coisa. Pois bem, eu concordo plenamente com a professora. Mas para demonstrar porque eu concordo com a professora, tenho que mostrar a visão que eu tenho de amor.


Não acho que o amor verdadeiro seja somente aquele sentimento que une duas pessoas como um casal, não acho que esse tipo de amor seja maior do que qualquer outro, podem ser diferentes, e temos de considerá-los de formas diferentes, mas achar que algum é mais importante do que o outro, é um erro completo. Quando alguém diz “eu nunca amei” só pelo fato de nunca ter sentido uma atração inigualável por outra pessoa que não um familiar, um amigo, um animalzinho, está mentindo tristemente para si mesmo, e dessa forma está decidindo viver no sofrimento que criou de achar que não é capaz de amar.


Tomando como base os tipos de amor gregos, eu acredito na existência dos seguintes tipos de amor: amor próprio, amor familiar, amizade, paixão e ágape.


. O amor próprio é o nosso primeiro amor, e o que jamais devemos abandonar em nome de nenhum outro.


. Amor familiar é o primeiro imprescindível a nossa sobrevivência, porque somos animais sociais por natureza, e o tal laço ajuda a manter tal característica, mas não é só isso, pois são inexplicáveis laços que ligam tão fortemente uma mãe ou um pai aos seus filhos, ou que ligam irmãos.


.A paixão, aquela que dizem ser o “amor verdadeiro”, é o segundo tipo de amor imprescindível para nossa sobrevivência, pois somos animais sociais e adeptos do cuidado parental, o amor paixão ajuda o casal a permanecer junto para cuidar dos filhotes, aumentando sua chance de sobrevivência. É esse o amor que nos faz fazer loucuras, o que ninguém entende é o “porquê” , e eu já lhes digo porque: porque ele é o amor que começa no baixo ventre, esse amor é comandado pelos hormônios, e os hormônios turvam nossa capacidade de pensar, e aumentam nossa capacidade de agir, então como você é inicialmente tomado de súbito por esse sentimento, você passa a atribuir todas as suas atitudes a ele. Esse amor é incompleto, e só pessoas incompletas sentem ele avassaladoramente, e acabam a deixá-lo tomar conta de sua vida, abandonando todos os outros tipos de amor.


. Ágape, é o amor supremo, como diziam os gregos, felizes daqueles que forem capazes de senti-lo.


Enfim, para mim, o amor idealizado, seria aquele que combinasse todos esses tipos de amor, mas o amor verdadeiro deve combinar pelo menos dois desses tipos de amor que eu citei. Não há como alguém lhe amar de verdade, se você mesmo não se ama. Amigos dedicam amor um ao outro sem esperar por nada, é um amor livre. Mãe e filho se amam porque necessitam. Marido e mulher se amam porque fizeram promessas um ao outro. Mas jamais diga que não sabe o que é o amor, ou que o que você sente é “o amor acima de tudo”, pois seres humanos foram feitos para amar, seja lá como for esse amor.


See ya, boys and girls.

2 comentários:

Garoto Lunático disse...

gosteiii, me deixou mais confusooo sobree amooor mas tudoo beim

Anônimo disse...

Eu te amo cara!

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