terça-feira, 8 de julho de 2008

...contradições e contradições...

Complementando a postagem anterior, quero colocar minha opinião quanto a questão da carne. Não esperem aqui uma crítica ao vegetarianismo ou um protesto contra os abatedouros, farei uma análise científica, segundo o que aprendi no curso de biologia.
Primeiro, quero esclarecer que não é uma questão de "ficar em cima do muro", mas todo biólogo sabe que todos os sistemas naturais precisam alcançar um nível satisfatório de homeostasia, logo, tudo que a ciência busca, é o equilibrio!
Quanto ao consumo de carne, sabe-se que o homem possui enzimas especialmente direcionadas para o consumo de carne, enquanto não é capaz de digerir a celulose dos vegetais, que é onde se encontra a maior parte da glicose do mundo(o nutriente mais importante para os seres vivos). Porém, sabemos também que todos os aminoácidos essenciais só podem ser conseguidos com o consumo de vegetais, pois os animais não são capazes de prodúzi-los. Bem, fica claro a necessidade humana de uma dieta variada, não é por acaso que somos classificados como Onívoros, e não carnivoros ou herbívoros. E graças a essa dieta, chegamos onde estamos hoje, parece absurdo, não é? Mas pense bem: animais extritamente herbívoros precisam passar boa parte do seu tempo comendo, enquanto carnívoros precisam passar boa parte do seu tempo descansando, para que o alimento seja digerido com eficiência. Os onívoros podem comer uma quantidade balanceada de carne, que não vai precisar de tanto tempo para ser digerida, e assim, compensamos a menor quantidade de nutrientes que conseguiriamos só consumindo vegetais. Temos que entender que os mecanismos naturais trabalham baseados na balança custo-benefício, e nós humanos não estamos fora desse mecanismo.
Os problemas com a carne é que ela é carregada de substâncias nocivas ao nosso organismo, substâncias despejadas pelo animal na corrente sangüinea no momento do abate, além dos radicais livres, causadores de câncer e envelhecimento. Pode se viver muito bem sem o consumo de carne, as proteínas encontradas nas carnes também são encontradas em alguns alimentos de origem vegetal, mas isso desestabiliza a balança custo-benefício. Veja bem, pode-se viver muito bem sem carne, mas isso não é conveniente para todos, por exemplo, tenho um amigo que é vegetariano, ele tem uma massa corporal bem maior que a minha, mas ao deixar de comer carne, perdeu muito peso, porém, nada que comprometesse sua saúde, pelo contrário, ele não apresenta nenhum sinal de problemas de saúde. Mas como eu disse, não é conveniente para todo organismo, pois eu tenho muita facilidade para perder peso, caso eu deixasse de comer carne, estaria comprometendo minha saúde, devido ao meu porte físico.
Então qual seria a solução? Equilibrio é SEMPRE a solução! Em vez de abandonarmos completamente o consumo da carne, diminuamos, e variemos. Podemos comer menos carne por dia, e variar o tipo de carne, e abrirmos mãos dos CAPRICHOS, como o churrasco do fim de semana, ou o rodízio. Alguem ainda sim poderia perguntar: ok, diminuir o consumo seria uma parte da solução, mas isso ainda não evitaria o acumulo de substâncias nocivas com o tempo, o que fazer quanto a isso? A resposta é simples: seja exigente quanto ao que você compra. Exija do seu vendedor que fique de acordo com a lei, só compre carne de açougues ou frigoríficos dos quais conheça a procedência da carne, procure saber se o abatedouro de onde seu vendedor compra a carne está de acordo com as leis do "abate-humanitário"(sei que esse termo é irônico, mas discutirei isso em outra ocasião).
Lembrem-se "o comodismo é o que nos leva a ruína"...

See ya, boys and girls...

sábado, 5 de julho de 2008

contradições....

Disse uma vez a um amigo, ou mesmo já devo ter citado isso em algum lugar nesse blog que geralmente posto quando algo está me incomodando...
Pois bem, algo tem me incomodado muito ultimamente.
Sou biólogo, e amo minha profissão, mas infelizmente ainda não tive a oportunidade de trabalhar na área, pois ser professor de ensino fundamental e médio não me agrada realmente. Então, para não ficar parado, resolvi fazer outra graduação enquanto o mestrado não vem, e entrei em Zootecnia, não sei o que me levou a isso, mas cá estou. Criticaram-me, desiludiram-me incentivaram-me, mas não importa, pois a decisão é minha, não sou mais criança e já sei até onde vou com ela. O caso é que muitos, inclusive um Zootecnista, me avisaram de como o universo da zootecnia era distante da biologia, de como eu não concordaria com esse universo, como eu disse, não sou mais criança, sei até onde vou com minha decisão. O que eu não sabia é que eu frustraria como biólogo, e mais tarde eu explico porque, primeiro elucidarei o que me levou a postar hoje.
Estava eu numa aula de anatomia, disciplina que eu adoro, e resolvi nem pedir dispensa de cadeira, pois precisava reafirmar meus conhecimentos na área, mesmo que em zootecnia só interesse a anatomia dos animais de fazenda. Mas na dita aula percebi o que o zootecnista queria dizer com "universo diferente da biologia". Eu costumo me referir as ciências dividindo-as em dois grupos: as ciências básicas, aquelas preocupadas com o estudo dos fenômenos naturais, de entendê-los e descrevê-los; e as ciêcias técnicas, aquelas que usam os conhecimentos sobre os fenômenos naturais em nome da humanidade. Pois bem, Biologia é uma ciência básica, e Zootecnia é uma ciência técnica, e uma grande diferença é que o modo de ver da primeira é bem mais amplo que o da segunda, enquanto a primeira preocupa-se com todo o universo que envolve determinado objeto, a outra precisa trabalhar apenas o aspecto do objeto que vai dar mais lucro pro homem.
Percebi isso nessa aula, pois cada vez que o professor descrevia uma a localização de um músculo, ele associava APENAS a importancia do musculo na culinária e no mercado de carne(nada estranho, estou num curso voltado pra produção, SÓ FALTAVA EU ME TOCAR DISSO), enquanto um biólogo se preocuparia em como evoutivamente o músculo tomou aquela forma, para que ele serve no animal, a quais outros músculos ele está associado. Dá pra entender o que eu quero dizer com "visão mais ampla"?
Muitos dirão: "ah, então não reclama e sai do curso, ou simplesmente aceita as condições". Bem, sair do curso já está nos meus planos, mas ainda tem a parte que me frustra como biólogo. voltando a questão de visão mais ampla. Pra muitos ver o professor falando de como a carne poderia ficar mais gostosa seria uma coisa puramente normal, e até é, mas tem um limite. Todo biólogo tem uma visão muito maior do que lhe e apresentado, basta uma simples nuance para que determinemos padrões.
O curso de Zootecnia tem como principal objetivo melhoria de produção, desenvolvimento de técnicas que dêem ao produtor um lucro maior com um menor gasto. Penso eu, se você melhora sua produção você só vai querer aumenta-la, pra aumentar sua produção de carne, por exemplo, tem-se que aumentar seu rebanho, bem, vaca não é algo que se crie em gaiola, então o espaço que elas precisam é muito grande, e onde é que se consegue esse espaço? De campos de futebol é que não é. É óbvio que inúmeras áreas de florestas perecem simplesmente em nome dos maravilhosos churrascos de todo fim de semana. Parece até absurso tal informação, e claro, vai ser, pra quem não tem uma visão ampla, pra quem é imediatista.
Bem, essa postagem já ta ficando enorme, então vou resumir, me frustrei como biólogo porque não sabia o que fazer como biólogo num curso de zootecnia pra mudar essa realidade... É melhor eu voltar pra minha área e tentar salvar o mundo como biólogo...

That's all folks...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

poema...

eh, mas alguma coisa que eu escrevi durante o ensino médio...tipo, não sigo a linha pessimista de Shopenhauer, foi algo de momento, passageiro...

Vida mal vivida

Noite mal dormida
Dia mal começado
Tempo mal gasto
Horas perdidas
Palavras malditas
Frases mal compreendidas
Sentimentos mal interpretados
Dores contidas
Coração machucado
Amor mal amado

sábado, 14 de junho de 2008

conto...

Esse texto era originalmente uma redação, a última que fiz quando estudei no Colégio Santa Rita, Areia, PB. Fim de 2001, eu terminava o 3º ano científico. A professora pareceu gostar, pois nunca tinha lido uma de minhas redações, em dois anos que foi minha professora, pois ela costumava ler as melhores redações e fazer uma avaliação da nossa forma de escrever. E no seu último dia de aula com minha turma, ela leu as melhores redações mais uma vez, e a minha foi a ultima a ser lida, antes de ela despedir-se da turma, e desejar-nos sorte no vestibular e na vida. Eu modifiquei algo da original, mas o contexto e a história ainda são os mesmos...

Feitiço estrangeiro

Durante a perseguição feita pela igreja a protestantes, ateus, bruxas e etc., na Europa, muitos morreram e muitos fugiram. E o Brasil serviu como refúgio para muitos que precisaram improvisar uma fuga.
Um dos muitos refugiados que vieram para o Brasil foi uma bruxa espanhola conhecida como a Duquesa Dolores. Não era realmente bruxa, mas costumava contestar a igreja católica. Era nobre, e talvez por isso não fosse acusada no começo. Porém as coisas foram mudando, a paciência do clero espanhol começava a se esgotar, e eles acabaram por encontrar um modo de levar a condessa à forca, utilizando de confusas leis para acusá-la de bruxaria.
A Duquesa imediatamente abandonou tudo e fugiu para o Brasil. Lá se instalou na então Capitania do Ceará, escondendo-se numa pequena vila de colonizadores, muito próximo a uma tribo indígena, a Tremembé. Ela teve que viver disfarçada entre os moradores da vila, pois a inquisição também tinha chegado ao Brasil.
Dolores era curiosa por natureza, e ficou maravilhada com a cultura dos Tremembé, tanto que fez amizade com este povo, e passou a conviver com eles. Logo a duquesa fugitiva já se via impreguinada do misticismo daquele povo, e de sua paixão pela terra e pela memória de seus ancestrais. Aos poucos Dolores começava também a homenagear a terra e seus antepassados, através dos rituais que aprendia entre os nativos, e logo foi esquecendo-se do motivo de estar ali.
A comunidade que acolhia Dolores no início incomodava-se de ver a espanhola as voltas com os índios e sua magia, não demorou a espalhar-se o boato de que a estrangeira era uma bruxa. Alguém, logo entregaria a condessa, e assim aconteceu.
Então, a 20 de dezembro de 1735, Dolores enfrentava sua sentença. E no meio da vilinha, em frente á fogueira onde a duquesa havia sido amarrada, e esperava a morte, o inquisidor lia no pergaminho a sentença da estrangeira.
_ Duquesa Dolores de Melilla, acusada de blasfemar contra Deus e a Santa Igreja, poderás alcançar o perdão divino antes de morrer, se aceitares a Deus e negares tudo que proferistes contra a Santa Igreja.
Enquanto o inquisidor lia, o desprezo no coração de Dolores crescia, ela chorava de cabeça baixa, sem entender como o homem podia ser tão cruel. Ao longe, alguns tremembés assistiam impotentes, o sofrimento da mulher.
Ela então levantou a cabeça, cessou o choro e começo a falar:
_ O homem é pretensioso, e não entende os verdadeiros desígnios divinos. Eu amaldiçôo esta terra que me sacrificou e seu povo, viverão através dos séculos sem prosperar, ano após anos passarão por momentos difíceis, e estarão sempre subjugados a vontade estrangeira.
Essas foram as últimas palavras da estrangeira que buscou refúgio na terra de tantas promessas, antes que seu pescoço fosse quebrado e a fogueira acendida.






sábado, 22 de março de 2008

A ditadura da liberdade de expressão...






Máscara
Pitty


Diga!/Quem você é?/Me diga!/Me fale sobre a sua estrada/Me conte sobre a sua vida.../Tira!/A Máscara/Que cobre o seu rosto/Se mostre/E eu descubro se eu gosto/Do seu verdadeiro/Jeito de ser.../Ninguém merece/Ser só mais um bonitinho/Nem transparecer/Consciente, inconseqüente/Se preocupar em ser/Adulto ou criança/O importante é ser você... /Mesmo que seja estranho/Seja você!/Mesmo que seja bizarro/Bizarro! /Bizarro!/Mesmo que seja estranho/Seja você!/Mesmo que seja.../Tira!/A Máscara/Que cobre o seu rosto/Se mostre/E eu descubro se eu gosto/Do seu verdadeiro/Jeito de ser.../Ninguém merece /Ser só mais um bonitinho/Nem transparecer/Consciente, inconseqüente/Sem se preocupar em ser /Adulto ou criança/O importante é ser você.../Mesmo que seja estranho/Seja você!/Mesmo que seja bizarro/Bizarro! /Bizarro!/Mesmo que seja estranho/Seja você!/Mesmo que seja.../Meu cabelo não é igual/A sua roupa não é igual/Ao meu tamanho, não é igual /Ao seu caráter, não é igual/Não é igual, não é igual/Não é igual.../I had enough of it/But l don't care/I had enough of it/But l don't care/I had enough of it/But l don't care/I had enough of it/But l don't care...

Massa a letra dessa música, neh?... Muitas vezes, as pessoas têm medo de mostrarem quem realmente são por medo dessa sociedade hipócrita, que nos impõem suas regras arcaicas sem importar-se com nossos sentimentos.

Será mesmo?... Estamos tão preocupados em criticar essa “sociedade hipócrita” que nem nos perguntamos se todos nós queremos mesmo mostrar quem realmente somos. Gritamos por liberdade de expressão sem nem ao menos sabermos o que queremos expressar. Há mais ou menios 40 anos atrás, nossos pais (os que mais nos recriminam hoje) foram às ruas, brigaram e apanharam de quem devia protegê-los, só pra pedir um pouco de igualdade social. Hoje em dia brigamos pra não sermos processados por fazer uma charge da religião alheia, por xingar TODOS os padres de pedófilos, por expor a vida sexual do nosso vizinho.
O melhor de tudo é que caso alguém resolve não se expor, não criticar, não insultar, difamar ou no mínimo partilhar da opinião desses neo-revolucionários, é automaticamente taxado de “alienado”, “comprado”, ou qualquer coisa do tipo. Vivemos hoje uma inversão de valores, onde se não se é um rebelde (nesse caso, sem causa), é um idiota cego e hipócrita (palavrinha que virou moda na língua desses neo-libertadores). Somos obrigados a dizer o que pensamos, quer dizer, o que os outros pensam, só pra não parecer por fora, retrogrado ou conservador, claro, ninguém quer ser como seu pai cafona que apanhou só um pouquinho pra que hoje a geração shopping pudesse votar... Nossa! O_o...cabei de me tocar uma coisa: nossos pais deveriam ter se calado e aceitado a ditadura, pois assim, o futuro do mundo não estaria nas mãos dos fãs de Eminen e Britney... Que coisa, não?
Muita gente anda confundindo sinceridade e liberdade de expressão com falta de respeito, falta de bom senso e falta de educação, e assim, surgem os Eminens da vida, que acham que dizem o que pensam, mas na verdade, só dizem o que os outros querem ouvir.
Esquecemos que o que nos mantêm unidos são nossos laços de tolerância também, porque NINGUEM se suporta o tempo todo. Uma esposa que agüenta os defeitos do marido, agüenta porque o ama, e viver com ele lhe convem, não porque gosta do que ele realmente é, muitos de nós não toleramos nem o que realmente somos, tanto mais o que os outros são. Todos nós temos o direito de ser quem somos, não digo aqui para fingirmos sermos outros o tempo todo, porém, ninguém tem a obrigação de aturar o que os outros realmente são. Se todos os amigos e parentes da cantora Pitty tirassem suas "máscaras" e mostrassem à ela TUDO o que pensam, sentem e desejam realmente, duvido muito que ela conseguisse conviver com eles.
Posso estar sendo radical, confesso, porém, trata-se do óbvio que esquecemos por, sei nem porque motivo, onde um novo tipo de hipocrisia, onde taxamos continuamente a sociedade de hipócrita ( abusando dessa palavra...) sem nos darmos conta que fazemos parte dela, mas não fazemos absolutamente nada para mudar.
Lembre-se de duas coisas: primeiro aquele velho ditado, que diz “a liberdade de um começa onde termina a do outro”. E a segunda, é uma frase de Buda, “para mudarmos o mundo, temos que começar mudando a nós mesmos...”

A paz de Jah...

domingo, 9 de março de 2008

quem tem medo...

Acho que todo mundo tem medo de alguma coisa, não é?... Mas de onde vem o medo? Onde ele age? E pra que serve?... Acho que em meio a essas perguntas as mais belas e filosóficas respostas vêm a tona. Poetas dirão que o medo serve pra dar coragem, hérois dirão que é preciso vencer o medo, mestres de artes milenares te dirão que o medo não existe... Mas, o fato é que medo existe, que não é o exato oposto de coragem, e que não é psicológico. O medo, e vários outros sentimentos como a raiva, a alegria, a tristeza, são respostas dos nossos neurotransmissores aos estímulos externos. E serve para nos fazer reagir e alertar de algo potencialmente nocivo. Eu por exemplo tenho medo de altura, isso é meu subconsciente me alertando que uma queda pode no mínimo machucar-me feio...
O medo não nos faz pior, nem é algo dispensável. Muitos acham que não devemos ter medo, que devemos enfrentar o medo, que o medo está na nossa imaginação...tudo bobagem! O medo é essencial para nossa sobrevivência, e as pessoas confundem o medo com a incapacidade de superar as limitações ocasionalmente expostas por ele. Uma vez que eu tenho medo de altura não devo vencê-lo, devo apenas me convencer que eu não vou cair toda vez que estiver em uma grande altitude, que se houver aparatos de segurança eu não vou me machucar, pois caso perca completamente meu medo de alturas, vou perder minha maior defesa contra um potencial acidente. Claro que o medo por vezes nos impede de executar determinadas tarefas por não conseguirmos impulsionar nosso corpo contra o objeto de nosso temor, mas aí é que está a diferença entre nós e os outros animais.
As únicas coisas que os demais animais são capazes de fazer diante do medo é fugir ou lutar, nós somos capazes de calcular diversas formas de lidar com o objeto que nos trás o medo, seja ignora-lo, lutar, contorna-lo, podemos supor inúmeras maneiras de evitar que determinada coisa nos cause mal, e até definir se aquilo que nos causa medo é realmente nocivo.
Porém, muitos podem perguntar-se quanto aos medos "irreais", como de coisas do além e etc, mas é bom lembrarmos que o medo é nossa primeira resposta aos POTENCIAS perigos, a coisas que não sabemos exatamente o que representam para nós, logo, "tememos o que não conhecemos", e continua sendo uma reação completamente natural...
Pois é, mas uma vez nossa complexibilidade evolutiva nos faz não entender nossos própiros mecanismos naturais, e nos faz pretensiosos o suficiente para acharmos que tais mecanismos não funcionam conosco mais que com o resto...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Livre arbítrio...a liberdade de não saber o que é bom pra você...

É, há tempos que não posto no meu blog, bem, por vontade das forças superioras que controlam a toda poderosa rede virtual de comunicação mundial, o meu blog não estava logando direito...detalhes a parte, estou aqui, e hoje, algo me motivou a postar de novo...
Assistindo ao filme O Todo Poderoso, mais uma atuação brilhante do Carrey( porque ele fez verdadeiras catátrofes como Deby e Lóide), me deparei com aquela velha questão do livre arbírtrio. O que seria esse maravilhoso dom divino? quer dizer, será que eh divino? Parece me mais uma daquelas tiradas religiosas para explicar a "superioridade" humana. Se é tão divino, por que o livre arbítrio tem a maravilhosa capacidade de "foder" com nossa vida?...ah, esqueci, não é o livre arbitrio, é Deus...ou será que não? é mesmo, o livre arbitrio dado por Deus nos permite "foder" com nossa própria vida, é isso, entendo como funciona...
Então, o caso, é que nos momentos finais do filme, o protagonista Bruce, praticamente desiste do livre arbítrio, ele roga aso céus pra que Deus descida o que é realmente bom pra sua vida. Pedimos tantas coisas a Deus todo dia, exigimos, decidimos o que é melhor pra nossa vida, mesmo assim, ao fim do dia muitos olham pro céu e pedem "luz", pedem encaminhamento. Assim como crianças que são levadas ao paquinho pelos pais, e depois de se fartar das novidades, simplesmente retornam aos braços de seus genitores e perguntam "o que vamos fazer agora?", somos crianças que não fazemos a menor idéia do que realmente fazer da nossa vida. Batalhamos, trabalhamos, nos melhoramos, e sabemos o que queremos, mas sempre nos voltamos para algo maior(ateus ou não) e nos perguntamos: o que fazer agora?
Pois bem, ao fim de tudo, o livre arbitrio me parece apenas a capaciadade de escolher o que a vida quer que a gente faça e não o que a gnt quer fazer da vida...